Quando temos excesso de colesterol no sangue é aumentado nosso risco de desenvolver doenças do coração. Os 2 componentes mais importantes do colesterol são chamados LDL (lipoproteína de baixa intensidade), o tão chamado "colesterol ruim" e o HDL (lipoproteína de alta intensidade) o "bom colesterol".
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia os níveis desejáveis são:
- Colesterol total: < 200 mg/dl
- LDL: < 100 mg/dl
- HDL: > 40 mg/dl (homens) e >50 mg/dl (mulheres)
HDL (bom): Remove o excesso de colesterol no sangue, reduzindo o risco de formação das placas de gordura.
LDL (RUIM): É o responsável pela formação das placas nas artérias, prejudicando a passagem do sangue.
O grande objetivo no tratamento do colesterol é baixar o colesterol LDL do sangue e aumentar o HDL. Mas como ocorre o aumento do colesterol? A maior causa desse aumento é através da ingestão de alimentos ricos em gordura saturada ou colesterol. Outra possibilidade seria uma herança genética vinda de parentes próximos onde o colesterol não é metabolizado adequadamente pelo corpo fazendo aumentar seu nível circulante no sangue (por exemplo: diabetes, doenças renais, hepáticas e hipotiroidismo).
Com frequência, argumenta-se que o excesso de colesterol causa uma deposição de material lipídico que acaba produzindo calcificações e alterações fibróticas, de forma que as paredes arteriais, ficam mais estreitas, rígidas e duras, tornando mais difícil o flúxo sanguíneo, chamado de Aterosclerose, podendo levar o indivíduo a um ataque cardíaco ou infarto do miocárdio.
O que é assustador na aterosclerose é o fato dela não apresentar sintomas até que as complicações já estejam totalmente instaladas, gerando dores no peito , ataque cardíaco ou dores nas panturrilhas na caminhada, causadas pelo estreitamento e bloqueio das artérias na passagem do sangue.
Por que é tão importante tratar o excesso de colesterol no sangue? Por que para cada redução de 1% do nível de colesterol é reduzido cerca de 2% do risco de ataques cardíacos.
Além de uma reeducação alimentar é extremamente importante a prática de exercício físico no combate ao LDL.
Um estudo publicado na edição desta semana do New England Journalof Medicine descobriu que mesmo o mais simples exercício muda o tamanho e a densidade das proteínas que trans-portam o colesterol, o que as torna menos danosas. E os benefícios ocorrem ainda que a pessoa permaneça coma mesma quantidade de colesterol e o mesmo peso.
O colesterol parece mais propenso a se acumular nas artérias quando é transportado por pequenas e densas partículas de proteínas do que quando é levado por outras maiores e mais leves. O mais recente estudo descobriu que as pessoas que se exercitam desenvolvem essas partículas maiores, ainda que a quantidade de seu colesterol total permaneça a mesma.
"O uso desta análise mostra claramente que a prática de exercícios tem efeitos benéficos que não são revelados por testes de rotina", disse o Dr. Ronald M. Krauss, do Lawrence Berkeley National Laboratory, que estuda as partículas de proteína.
A caminhada rápida faz bem ao coração, pois ela diminui a pressão arterial, ajudando a preservar as artérias. E pode, ainda, estimular o aumento da quantidade do colesterol "HDL" (o bom colesterol) no sangue. A caminhada parece até fazer com que o sangue se torne menos "pegajoso" e, portanto, menos propenso a produzir coágulos - isso reduz em 50% o risco de um ataque cardíaco. Fazer exercícios regularmente é que ele estimula o fígado e as suas enzimas. As enzimas podem converter o LDL (colesterol ruim) em materiais menos nocivos, razão pela qual o exercício pode ajudar a diminuir o mau colesterol.
Também é possível abaixar o colesterol levantando peso; malhar três vezes por semana eleva o "HDL", além de reduzir o "LDL".
Estudo com 24 mulheres (12 com treinamento de força e 12 sem treinamento) na pré-menopausa, durante 14 semanas com duração de 45 a 50min, três vezes por semana a 85% de uma repetição máxima, verificou uma diminuição de 14% do LDL-colesterol, além de uma forte tendência na direção de diminuição significativa na relação LDL-colesterol/HDL-colesterol, sem nenhuma mudança lipoprotéica no grupo controle, (PRABHAKARAN B, et. al..,1999). Portanto o treinamento com pesos modifica favoravelmente as lipoproteínas, contribuindo assim para o combate as dislipidemias.
E agora? Só depende de você ^^
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